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Participação dos Países no Comércio Global

Atualizado: 24 de dez. de 2022

Por: Breno Goia Lemos e Vitoria Lemos


Conforme o aumento gradual dos fluxos de comércio internacional, intensificados pelos processos de globalização na década 1970, os países presentes no cenário internacional se tornaram cada vez mais interdependentes. O fluxo de exportações e importações tornou-se significante a grande parte dessas nações, uma vez que, é o principal fator direto para uma balança comercial positiva e na determinação de seu PIB.

A seguir, listamos 5 países que estão entre os que mais participam do comércio global.

China

Com abertura ao mercado internacional após 1978, as reformas estruturais e flexibilizações adotadas pelo governo de Deng Xiaoping a longo-prazo alcançaram um crescimento do PIB de mais de 10% ao ano e cerca de 800 milhões de pessoas foram retiradas da linha da pobreza. Entre as principais áreas desenvolvidas pela China, destacam-se essencialmente a tecnologia, o comércio e a indústria, evidenciados pelo forte crescimento de multinacionais chinesas nos diversos países parceiros do globo. Somado a isto, as Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), são um forte atrativo para a instalação de multinacionais ou empresas estrangeiras no país asiático voltadas para produção no mercado internacional.

Apesar de ser conhecido por suas “duras políticas públicas”, é um país bastante aberto ao comércio internacional compondo majoritariamente 35,7% do seu PIB em 2019 segundo dados do Banco Mundial. Além disso, é o país que mais exporta e detém o segundo lugar como importador. Consequentemente, dos 10 portos mais movimentados do mundo, sete se encontram na China, entre eles o 1º lugar dessa lista, o porto de Xangai. Nestes portos, o país oriental registrou um enorme fluxo na importação de circuitos integrados eletrônicos e micromontagens (14,8%), petróleo (11,5%), minério de ferro (4,8%) e veículos automotores (2,3%).

Considerado um dos principais países do comércio internacional, detendo o primeiro lugar mundial como exportador e o segundo lugar como importador, o país asiático apesar de ser conhecido por suas “duras políticas públicas”, é um país bastante aberto ao comércio internacional compondo majoritariamente 35,7% do seu PIB em 2019 segundo dados do Banco Mundial. Ademais, dos 10 portos mais movimentados do mundo, sete se encontram na China, entre eles o 1º lugar dessa lista, o porto de Xangai. Nestes portos o país oriental registrou um enorme fluxo na importação de: circuitos integrados eletrônicos e micromontagens (14,8%); petróleo (11,5%); minério de ferro (4,8%); veículos automotores (2,3%).

Estados Unidos

O país norte-americano é um dos Estados mais influentes perante ao comércio global, como primeira economia mundial, considerado através dos dados do Banco Mundial como o segundo maior exportador do mundo e o maior importador de bens e serviços. Conforme nota do governo americano em 2019, o país totalizou cerca de US $2,5 trilhões em importações de bens, ao passo que as importações de serviços atingiram o total de US $588,4 bilhões. Entre seus principais parceiros comerciais estão a China (18%), México, Canadá, Japão, Alemanha e União Europeia.


A presença americana no comércio global pode ser encontrada através da sua participação e é destaque em diversos setores, em especial o tecnológico e alimentício. Os Estados Unidos se beneficiam pelo fato de que a sua área cultivável ser um terço das terras do país, majoritariamente destinadas à agricultura de exportação, assim como a produção de alimentos, rações para animais e bebidas derivadas dessas áreas cultiváveis continuam em um crescimento a todo ano que passa.


Ademais, suas grandes empresas multinacionais como a Apple, General Motors Corp., Ford Motor Co., Procter & Gamble são responsáveis por grande parte das exportações americanas de produtos de engenharia e bens de alta tecnologia, como computadores e equipamentos de telecomunicação.


Os Estados Unidos não conseguem se sustentar no comércio internacional apenas com os recursos e tecnologias que possuem, portanto, realiza fortes parcerias econômicas para importar muitos recursos voltados à dependência local, que serão utilizados na indústria interna e também em peças eletrônicas. Dentre os principais bens importados, estão presentes matérias-primas para as indústrias, peças de automóveis e automóveis, equipamentos eletrônicos e de telecomunicação.

Alemanha

Presente no ranking global das economias em quarto lugar, o país europeu é classificado na União Europeia como a maior economia do Continente, sendo um dos principais exportadores no comércio internacional, compondo cerca de 88,1% do seu PIB. O país é de longe conhecido por ser o maior exportador de carros e peças de automóveis no mundo pela abundância de empresas e multinacionais na área. Entretanto, devido aos impactos do Covid-19, a Alemanha sofreu severas consequências tanto na parte de exportações como na parte de importações.


O país europeu apresenta como principais produtos importados: maquinários, equipamentos de processamento de dados, veículos, gases e óleos petrolíferos, medicamentos. Dentre seus principais fornecedores, estão a China (10%), Holanda (7,9%), EUA (6,6%), França (6%) e Polônia (5,2%).

Japão

Com a terceira maior economia do mundo e a segunda maior do continente asiático, o Japão é um dos países que mais participa do comércio internacional, tendo em vista sua alta dependência por importações de matérias-primas e recursos energéticos de outras nações. Além disso, o país em questão perseverou suas políticas protecionistas ao setor agrícola por muitos anos, que sempre contribuíram muito pouco ao PIB (1,2%) e na empregabilidade local (3,4% da população ativa). Entretanto, com o plano de revitalização econômica proposto pelo ex-ministro Shinzo Abe, conhecido por “Abenomics”, o país asiático incentivou a facilitação de empresas multinacionais e exportações à terra do sol nascente, através de políticas fiscais expansivas, flexibilizações monetárias, e reformas estruturais.


Esse plano de revitalização foi essencial na redução dos impostos corporativos, bem como permitiu que a inserção de novas empresas no mercado local causasse uma exposição a constantes inovações tecnológicas e também criou um cenário para parcerias com empresas japonesas e até mesmo em terceiros mercados.

Coréia do Sul

Sendo um país modelo de sucesso em suas políticas de exportação, a Coréia do Sul anteriormente ao seu período de revitalização econômica na década de 1970 vivia com a sua população abaixo da linha da pobreza. Entretanto, a realidade de hoje confirma que o país asiático é classificado como o sétimo maior exportador mundial e o nono maior importador. Dessa forma, o país está amplamente integrado ao comércio internacional e, subsequentemente, altamente influenciado por fatores externos, como por exemplo a presença da China, seu principal parceiro comercial. Pequim é seu principal fornecedor com 21,3% das importações, como também por ser o seu principal receptor de exportações, com cerca de 25,1% do total.


Além da China, os demais países parceiros da Coréia do Sul são: Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Japão e Hong Kong. Os sul-coreanos se tornam cada vez mais integrados com a maioria das economias globais ao concluir acordos de livre comércio com os diversos países, que representam mais de 70% de países participantes nessa esfera. E com a consideração pela aderência ao maior acordo de livre comércio da história, em conjunto com os países da ASEAN, cada vez mais expande a cobrança por bens, serviços, investimento e demais cooperações técnicas e econômicas.

Entretanto, nem todos os países do globo buscam se adequar para alcançar essa vantagem do comércio mundial, como por exemplo a Venezuela e a Argentina, que possuem uma participação no comércio global relativamente baixa. Veja os principais motivos a seguir:

Venezuela

O colapso comercial da Venezuela é justificado pelos economistas através de más governanças, corrupções, e a tomada de políticas nacionais equivocadas pelo ex-presidente Hugo Chávez e seu sucessor Nicolás Maduro. Todos os fatores citados anteriormente resultaram na implementação de políticas protecionistas e que consequentemente geraram um aumento enorme na inflação nacional e na saída das várias empresas estrangeiras que se instalavam no país. Além de agravamentos em uma participação maior do comércio, causados pela disputa política entre Trump e Maduro, as políticas venezuelanas resultaram em graves sanções às empresas estatais de petróleo, principal lucro do país, colocando aquela que já foi a maior economia sul-americana “de joelhos”.


Através de fortes políticas protecionistas em seu território citadas anteriormente, a Venezuela dificulta o pagamento de impostos, a obtenção de crédito, e leis de proteção ao exportador. Dessa forma, o país implica que as empresas estrangeiras gastem muitas horas por ano pagando impostos na Venezuela, sendo este um valor superior ao que é gasto no resto da América Latina e no Caribe, sendo ainda menor para membros da OCDE. Apesar das grandes reservas de petróleo e gás natural, a maioria das empresas são nacionais e as políticas implementadas pelo governo são radicais, o que dificulta a burocracia para empresas privadas, tanto se instalarem quanto fazerem comércio com o país.

Argentina

Com uma longa história de instabilidades políticas e econômicas marcadas por altas recessões, o país sul-americano que é classificado pelo Banco Mundial como a 25ª maior economia do mundo e a terceira maior do continente sul-americano, sofre atualmente com os agravamentos causados pela pandemia do coronavírus e cada vez mais tende a se fechar ao mercado internacional devido aos problemas socioeconômicos.


Conhecido mundialmente por ser o maior exportador e o terceiro maior produtor de produtos derivados da soja, o país sul-americano cada vez mais nota uma severa desaceleração econômica. Durante o ano de 2020, registrando um declínio oficial tanto no número de importações quanto nas exportações, devido a uma fraca demanda interna somado ao aumento as restrições de importações e câmbio, assim como na queda dos preços do seu principal produto exportado, tornando assim as perspectivas para a economia Argentina incertas àqueles que pretendem exportar ou fazer negociações com o país em questão.


Ademais os motivos citados anteriormente para explicar uma diminuição nos números oficiais das exportações e importações, pelo fato do país apresentar uma dívida externa enorme, que totaliza 90% do seu PIB (U$ 324 bilhões), o governo federal deixou de implementar estímulos fiscais ao exportadores, e através de políticas econômicas mais reducionistas assim como limites a lucros, royalties, remessas de licenças, o país abriu espaço a implementação de políticas públicas voltadas ao corte de gastos internos e ao fortalecimento as áreas públicas mais atingidas durante a pandemia.

A partir destas informações, é possível inferirmos algumas análises. Partindo da ideia dos países que mais apresentam participação, verificamos que estes primordialmente são definidos pelos seus altos fluxos comerciais durante o ano (exportação e importação); apresentam parcerias econômicas diversificadas para atender a demanda dos seus diversos setores internos; e têm uma capacidade maior de exercer reformas estruturais em suas políticas e leis nacionais que facilitam e incentivam a instalação de empresas multinacionais estrangeiras, assim como um cenário ideal para quem exporta e quem pretende exportar.


Partindo sob o ponto de análise dos dois países citados anteriormente, Venezuela e Argentina, observamos essencialmente que estes dispõem de recursos e vantagens as quais podem usufruir e obter uma participação e importância muito mais significativa no comércio global. Porém, um dos principais marcos para que o que foi exemplificado acima não ocorra, são principalmente más gestões públicas que sofrem com problemas socioeconômicos internos e que ao invés de adotarem políticas mais brandas como os países mais abertos, estes acabam deixando de adotar ou não adotam incentivos para quem pretende negociar ou exportar, até mesmo como no caso da Venezuela dificultando a entrada de novo negócios uma vez que as taxas e impostos seriam maiores, afastados novos investidores no seu mercado.

Esperamos que este conteúdo tenha contribuído com o seu entendimento sobre exportações e investimento em mercados estrangeiros.


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